Wednesday, November 4, 2009

H1N1

O Principio do fim? Não, mas talvez se torne complicado.

É sabido que a população mundial tem crescido a um ritmo alucinante nos últimos tempos, os recursos esgotam-se, as alterações climáticas são cada vez mais evidentes, estamos em Novembro praticamente não há chuva, hoje, dia 4 de Novembro de 2009, a 50 dias do Natal, andei de manga curta na rua, o ar condicionado do trabalho ainda está ligado para o frio (estou a escrever sobre o esgotamento de recursos e digo que tenho o ar condicionado ligado, pode ser irónico, mas temos equipamentos que têm que ser mantidos abaixo de 23ºC, sim, estamos em Novembro!), Espanha teve que fazer em Outubro um transvase do Tejo para inundar o Parque Nacional Tablas de Daimiel...

A Terra é um organismo vivo, é normal que arranje mecanismos de defesa. Não digo que nos laboratórios ultra secretos do Polo Norte, trabalhem duendes azuis que desenvolvem vírus da gripe. Mas por exemplo, o derretimento das calotes polares é um mecanismo de defesa da Terra. Com a subida da temperatura, passa a existir mais energia na Terra, essa energia está e excesso e é usada pela Terra derretendo o gelo, compensando desta forma a subida de temperatura. Enquanto houver gelo, não damos conta do aquecimento global, mas quando o gelo começar a escassear...

O H1N1, de alguma forma, não passa também de um mecanismo de defesa da Terra. Por algum motivo, quer seja pela produção em massa de carne para alimentar a população em excesso, quer as alterações climáticas provocadas pelos mesmo motivos, ou pelo consumo desenfreado de recursos, abate de florestas, e ... Sei lá que mais! Tudo isso levou certamente a um desequilibro que provocou esta reacção da Terra. A Terra não é um organismo maquiavélico com consciência, mas é a ordem natural da coisas! Quando um sistema está em equilibrio, e é provocado um desiquilibrio nesse sistema, o sistema tende a alterar-se de forma a compensar esse desequilibro.

Um exercício simples!

- Tubo oco com sensivelmente 5 cm de comprimento, e sensivelmente 1 cm de diâmetro
- Abraçadeiras
- 2 balões

Coloquem um balão numa das pontas do tubo, e apertem bem com um abraçadeira, para que depois de cheio o ar não saia.

Encham o balão a partir da outra ponta do tubo, e torçam para que o ar não saia.

Encham o 2º balão, torçam para que o ar não saia, extremidade livre do tubo, e apertem bem com outra abraçadeira.

Destroçam os dois balões.

Se um dos balões estiver mais cheio que o outro, ou um dos balões for menos elástico, esse balão vai "mandar" ar para o outro balão até o sistema ficar em equilíbrio.

Se ninguém lhe mexer, o sistema vai continuar em equilíbrio. Chega um amigo vosso, pega num balão, pergunta para que é aquilo e aperta, O que acontece?

O ar vai todo para o outro balão, o sistema vai à procura de um novo equilíbrio. A pressão que foi exercida no exterior do balão, foi superior à pressão que o ar no interior do balão exercia sobre as paredes interiores, e o ar que lá estava teve que ir para o outro balão. Se o outro balão for mais pequeno e não conseguir conter o ar todo do balão que foi apertado, o vosso sistema rebenta! Mas primeiro ele tenta compensar, antes de rebentar, vai ver se o ar do balão que foi apertado cabe todo no outro balão.

A nossa Terra faz o mesmo, quando é apertada de um lado, vai procurar um novo ponto de equilíbrio, resta saber se aguenta ou não.

O H1N1, em última análise, é uma consequência nossa, fomos nós que de alguma forma apertamos um balão, e ainda não se sabe qual o impacto que poderá vir a ter, ainda não se consegue distingui bem o laxismo, do mediatismo e do rigor. Mas poderá ser grave, ou não! Uma coisa que me preocupa, é o facto de o H1N1 não estar confinado ao ser humano ou a porcos.. O H1N1 já foi detectado em gatos, furões e aves. Quantos mais animais estarão contaminados, sem que ninguém saiba?

Se à facilidade com que este vírus se propaga somarmos o vector de ele poder ser transmitido de espécie para espécie com a mesma facilidade, e ainda colocarmos a hipótese de uma mutação para algo ainda mais mortífero.... O cenário é aterrador!

Tudo isto por causa de quê? Dinheiro! O modelo económico actual está em ruptura.. É falso! As empresas têm como objectivo ganhar dinheiro, criam-se empresas para gerar dinheiro, apenas com o objectivo de ajudar outras empresas a gerar dinheiro. Empresas vendem serviços, a empresas que fazem coisas para ouras empresas, que por sua vez fazem mais coisas ou serviços para outras empresas, tudo unicamente com o objectivo de fazer dinheiro, num "loop" infinito.

Quando há uma falha num ponto deste "loop" infinito, toda a economia vem por aí abaixo! Porquê? O objectivo de toda a gente é vender serviços ou produtos a outras empresas que fazem exactamente o mesmo, sempre com o objectivo de fazer dinheiro!

Há aqui qualquer coisas que falha, algo está mal e os objectivos têm que ser pensados.

Sou completamente a favor dos avanços, da tecnologia, da inovação, apenas acho que o nosso combustível são os motivos errados. .

A Humanidade precisa de um abanão, um susto só não chega para a ganancia parar, para se repensarem nos verdadeiros objectivos, nos verdadeiros motores de economia.

Os resultados deste H1N1 poderão ser catastróficos, com possíveis mutações, com a possível passagem do espécie para espécie, simultaneamente temos um crash da economia mundial, as famílias passam por dificuldades, alimentam-se pior, irão cortar nos gastos com aquecimento quando chegar o frio, as empresas cortam nas despesas, as gripes vão-se tentar curar com mezinhas...

O H1N1 poderá ser catastrófico, espero que não, que tudo não passe de títulos de jornal.

Thursday, August 27, 2009

Yahoo, o coisas!

Estava aqui a ouvir uma musiquinha e lembrei-me: "Vou dar uma oportunidade à Yahoo, vou recomeçar a usar."

Mas depressa me arrependi, e sabem porque que é que a Yahoo se vai afundar?

É muito simples, primeiro não uns ignorantes de primeira: "Time Zone: GMT U.K; Spain". Burros!!! Estúpidos!!!

Depois, entrando em yahoo.com até alguém conseguir perceber onde está perde uns segundo preciosos da sua vida, parece que acabei de entrar de olhos fechados no Turbilhão Louco que anda de feira em feira, e abri os olhos repentinamente. Como se isso não fosse suficiente, criaram uma coisa chamada "My Yahoo" que está cheia de coisas que não faço a mínima idea do que são, não quero saber, nunca as meti lá, nem quero voltar a olhar para elas!

Para onde quer que vá é só coisas aparecer, coisas a rolar, coisas a piscar.. ARRRRGGGGGHHHHHH!!!!!!


Resumindo, Yahoo, coisas, muitas coisas, confusão, caos, coisas, mais coisas, muitas coisas!

Wednesday, March 26, 2008

O Alambique

Numas férias passadas, já longe do último Verão, fui requisitado para ir almoçar para os lados da minha terra com um grupinho de pessoal de Lisboa.

Fomos almoçar a um grande, enorme magnífico restaurante entre o Fundão e a Covilhã, de seu nome: Alambique!

Foi assim que saí do carro e levantei a cabeça que tive a ideia de criar este blog: No meio rural em que nos encontramos, deparar-mo-nos com um edifício daqueles.... Dá tonturas.. Tenho que confessar!

À medida que entrava ia-me sentido cada vez mais zonzo.. O corredor para o restaurante era assustador... Com bichos feitos já nem sei bem e quê... No jardim interior havia zebras (???), leões.. Animais típicos da minha querida Serra da Estrela! Assim que entrei no restaurante.. Vá lá, até parecia composto, um exagero de cestas e cebolas no tecto. Mais um exagero de alhos aqui e além.. E mais bichos! Não vamos esquecer de ir sempre enquadrando tudo isto num magnifico edifício digno de estar em plena Avenida da Liberdade mas que na realidade está na Cova da Beira, a lado das cebolas e dos cestos... E dos bichos de esferovite (creio)!

Bem, mesa posta, distribuição da população pelas margens da mesma e eis que começa a surgir as entradas. Tinha ouvido falar em ovos verdes, já vinha à meia hora com água na boca, sempre a pensar nos ovos verdes, os da minha mãe são fantásticos!! Quando chegam à mesa, olho para aquilo e vinham amarelos... Que estranho... "Os da minha mãe também não são verdes, verdes.. Mas também não são amarelos, amarelos..." Mas vamos a isto!! Ok, uma das especialidades da beira interior resumia-se a uns míseros ovos cozidos cortados ao meio, envolvidos em ovo batido e posteriormente fritos.... :(

Comida à parte partamos para outro tipo de alimentação: Gajas!
Bem.... Olhando em redor não dava para esquecer onde estava: Num edificio completamente deslocado do meio em que se inseria, com um interior ainda mais horrível, mas os clientes não destoavam. Senhoras vestidas a rigor como que se de um evento no Salão Preto e Prata se tratasse...

Entre uma rodela de morçela e uma trinca de pão fez-se luz!!!! Afinal compreendi!!!!!

À beira da minha magnifica serra existe uma cidade jactante de seu nome Covilhã, cujos habitantes sedentos de protagonismo, exibicionismo e atulhados de saloiice na sua potência máxima, querem ser o que não são, querem parecer o que não conseguem..

Em suma, O Alambique não é um restaurante manhoso. O Alambique não é um restaurante saloio. O Alambique não é um restaurante recehado de mau gosto.

O Alambique é um génio em forma de restaurante!!

O mercado dá o que o consumidor procura.

PS - Saloios eram os camponeses que habitavam os arredores de Lisboa. Quando vinham à cidade deixavam as vestes de trabalho e tentavam vestir-se finoriamente, no entanto... Eram reconhecidos à distânica! Hoje em dia são os habitantes das cidades que se tentam vestir à camponês quando passeiam até ao campo, no entanto.... São reconhecidos à distância!

Os habitantes da Covilhã ainda tentam ser finórios quando dão os seus passeios de fim de semana...